O meu 1º post sobre dardos...

Afastado do país há 7 meses, e destas lides (entenda-se, jogos de dardos) há coisa d'um ano, foi com agrado que recebi a convocatória para tão ansiado desafio. Já acompanhava, de longe, os relatos fervorosos feitos neste e noutros blogs, acerca dos disputados momentos dedicados a este "desporto".
A estrela da companhia, sabendo do regresso do emigra, bateu em retirada com rumores de apresentações por entregar no dia seguinte, ou fragilidades otorrinolaringologísticas. Está visto que a minha ida para fora deixou uma vaga estatuária no grupo, e que todos se atropelam para a ocupar. Mas isso é tema para outra altura.

Jogaram-se 3 jogos. Não 4, nem tão pouco 2. Foram 3, e mais nenhum.

No 1º jogo, fui o último a atirar as setas. O Farinha conseguiu alcançar o 2º posto, o Nunes lá se arrastou pelo último lugar, dizendo-me que o 1º milho era para os pardais. Chamei a esta vitória, a vitória do retornado.

No 2º jogo relaxei: fui à casa de banho, deixei o (insistente) Luís fazer uma jogada por mim, e acabei em 2º lugar, logo atrás do Nunes, quando só me faltavam 2 Bull´s para acabar. O Farinha terminou em último, significando por isso que no próximo jogo seria também o último a fazer o lançamento das setas. E não se deixou abater, recorrendo ao livro de factos daquela noite, e revelando-me que até àquele ponto, todos os que tinham atirado os dardos em último lugar tinham ganho as respectivas partidas.

Na 3ª partida comecei a perceber o objectivo do jogo. Desde o início que ouvia "Carlitos, enche o Farinha no 19", ou "Carlitos, o 16 está aí mesmo pertinho". Na minha cabeça, dar pontos ao adversário só servia para desempatar entre 2º e 3º classificados. Estava errado, pois ao concluir o meu 3º Bull´s Eye da 3ª partida, descobri que tinha de atirar outra seta ao centro do alvo para ultrapassar os pontos do Farinha, e assim ganhar novamente. O que aconteceu, logo na jogada seguinte, ficando o Farináceo em 2º lugar, e o moço de Alverca em último. Chamei a esta vitória, a vitória do 1º milho é para os pardais e quem joga em último lugar ganha sempre!

Em suma, duas vitórias e um 2º lugar. Não está mau, para quem andava um pouco enferrujado nestas andanças.

Queria por isso agradecer a Deus, por me ter dado a oportunidade de não me estampar contra um autocarro na Praça do Duque de Saldanha, à cor amarela, por ter dado uma tonalidade ganhadora às minhas setas, e ao cabelo do Luís, por ter distraído os demais presentes naquele bar.