2 pontos

1- Fui ontem ver "Little Miss Sunshine". Peço desculpa a quem me achar exagerado, mas para mim, é o melhor filme do ano. Uma das maiores virtudes que alguém pode ter é conseguir fazer uma coisa complicada parecer a coisa mais simples do mundo. É essa a grande virtude deste filme. Fazer-nos querer passar mais do que uma hora e meia (o tempo de duração do filme) com uma família que é composta por um pai falhado mas que vende receitas de sucesso, um avô asneirento e viciado em cocaína, um tio homossexual, professor de literatura e suicida, um filho adolescente que fez um voto de silêncio e tem uma adoração por Nietzche, e uma criança cujo maior sonho é participar num decadente e assustador concurso de beleza infantil, é uma proeza muito difícil de realizar, mas que é levada a cabo sem falhas.
Chega-se ao fim, e além de não querermos que aquela carrinha volkswagen desapareça, temos uma sensação de felicidade que é difícil de explicar e que não sabemos de onde veio (desde que acabei de ver o "eternal sunshine of the spotless mind" que um filme não me deixava assim). Vão ver o filme. Acreditem em mim.
Só mais uma nota. O Steve Carrel desmentiu-me. Eu que andava a pregar que ele era um dos melhores actores cómicos da actualidade, e não é que o senhor vem provar que eu estava enganado... Ele é um dos melhores actores da actualidade, ponto final parágrafo.

2- Já que os meus companheiros de blog se têm mostrado interessados no "The West Wing" (além de ti carlitos que eu já sei há muito tempo que és judeu, como eu), deixo um pequeno vídeo. Só para vos situar, esta cena passa-se numa recepção da Casa Branca para locutores de rádio, e o presidente Bartlet quando está a proferir o seu discurso pára para se dirigir a uma senhora que tem um programa de "aconselhamento espiritual" fanático... Era bom que todos os presidentes (sim, porque do presidente dos E.U.A. verdadeiro nem vale a pena falar...) fossem assim, não era?