domingo, dezembro 11, 2005

como evitar uma biqueirada no traseiro...

Bem, rapaziada... Heis-me chegado à incómoda situação de ter escrever não porque tenha alguma coisa de especial para dizer, mas para evitar que um outro regular "subscritor" deste pasquim electrónico me faça o "amor no rabo" e me coloque com mais dor de cu do que aquela que eu tive ontem depois de me sentar após ver o liedson falhar o penalti...
A época natalícia traz ao de cima o melhor que há em todos nós. Quando, como, curiosamente, é o meu caso, a época natalícia acumula uma perninha com a festa de aniversário, tudo é elevado ao quadrado. E se a toda esta alegria juntarmos o facto de a partir de Janeiro ir passar 4 meses com visitas diárias ao Júlio de Matos tudo se torna ainda mais fantástico... (para cortar o suspense, e principalmente desiludir todas aquelas pessoas que quando leram a última frase, gritaram "Já não era sem tempo...", não, ainda não é desta que me vão internar (AHAHAH... the fools!), mas se quiserem saber mais vão ter de falar com o moi-même em pessoa)! Não, isto não é ironia, estou realmente satisfeito com a época natalícia e tudo o resto...
Após ter estoirado com todas as convenções da gramática portuguesa (estou com alguma falta de modéstia hoje, se calhar é por causa do adiantado da hora...) colocando um parêntesis dentro de outro parêntesis, gostava de terminar este meu post tão longo e farto em substância (... ou não), com um conselho cinematográfico um pouco mais sério.
Por favor façam-me um favor a mim, e principalmente a vocês próprios e vão ver o mais recente filme do Fernando Meireles. Apesar do título ( "O Fiel Jardineiro" ) nos levar imediantamente a recordar grandes êxitos como "Priscilla, a Rainha do Deserto", o filme é absolutamente extraordinário. Baseado num romance do John LeCarré, e com mais uma grande interpretação do Ralph Fiennes (que desde a altura em que se levantava de manhã para abater judeus, nunca mais deixou de fazer grandes papéis...), o filme é um autêntico soco no estômago e faz-nos pensar muito sobre coisas que muitas vezes não queremos pensar, e que inconscientemente ou não, quase sempre ignoramos. Como, às vezes, quero acreditar que o espírito natalício é mais do que encher o Colombo e afins há procura da bujiganga certa para dar àquela prima de quem nem sequer nos lembramos do nome, acho que este pode ser considerado um filme de Natal... Não por ser um filme levezinho com uma moral simples e directa, com o ramo de azevinho e o Rudolfo a puxar o trenó do Pai Natal, mas por que nos faz lembrar que existe um mundo para além do nosso, e que verdadeiramente devemos estar agradecidos porque o pouco, ou muito, que temos, seria tudo para milhões e milhões de pessoas... E porque o Natal também deve ser uma altura para fazer as pazes com todos aqueles a quem devemos mais do que dinheiro, este filme lembra-nos que existe um continente inteiro a quem devemos muito...

E assim, após a primeira crítica cinematográfica made in "amor no rabo", após (tenho a certeza) ter dado início a uma longa série de posts em que me vão comparar ao Serginho, e após ter evitado o meu pontapé no cu,despeço-me , com amizade

PS:acabei de ler que morreu o grande grande comediante Richard Pryor. Para quem nunca ouviu falar dele, só vos digo que este senhor foi dos primeiros verdadeiros "stand-up comediants", e era um génio, sem o qual o mais provável era nunca termos ouvido falar do Eddie Murphy, Robin Williams, Chris Rock, etc...

PS2: Carlitos tens potencial e apetência para ditador, uma coisa que tens em comum com o próximo presidente da república (tens é de aperfeiçoar a tua maneira de comer bolo rei...)

2 Comments:

At domingo, dezembro 11, 2005 3:44:00 da tarde, Blogger Mike escreveu...

Farinha não te iludas, o Serginho é bem mais macho do que tu, visto que agora está na TROPA!
Cheira-me que esta tua onda de simpatia pelo povo Africano vai durar tanto tempo como o espaço de tempo que vai entre dois palavrões do gordo. Como toda a gente sabe é apenas de escassos segundos!

 
At domingo, dezembro 11, 2005 5:36:00 da tarde, Blogger Farináceo escreveu...

é sempre bom sentir o carinho dos amigos

 

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