domingo, fevereiro 12, 2006

Nesta sociedade de consumo, em que tudo é comprado, vendido e trocado, há que começar a ser mais selectivo nas coisas em que gastamos dinheiro. Especialmente agora que estamos em plena crise e em que o dinheiro para comprar seja o que fôr escasseia. Ao longo da nossa vida temos uma tendência para ser fiéis a certas marcas, nem que isso implique pagar o dobro por algo que é muito semelhante. Isso para mim acontece mais com produtos alimentares, mas também se aplica a restaurantes e outros estabelecimentos em que saio com a sensação de ter sido bem servido. Geralmente tenho tendência para voltar. Posso estar enganado, mas penso que pelo menos a maioria dos homens é assim. Ora a janela de oportunidade que as empresas que ainda não nos conquistaram têm para o fazer, é muito estreita. Cada vez sou menos tolerante à falta de competência ou de qualidade, especialmente quando lhes estou a dar uma oportunidade para me conquistarem. Claro que a ideia de um bom serviço na Europa está muito longe da ideia de um serviço bem prestado por exemplo no Japão. Lá a preocupação com os clientes é realmente impressionante, e os trabalhadores fazem de tudo para deixar um cliente satisfeito. Penso que cá nos contentamos com a mediocridade, ficando felizes por não nos tratarem mal quando somos atendidos. O clássico mau serviço é o da função pública, em que podemos passar um dia na segurança social para tratar de um papel qualquer e após sete horas à espera, quando chega finalmente a nossa vez, deparamo-nos com o semblante carregado de um qualquer funcionário pronto a gritar connosco à primeira questão que alguém se atrever a colocar.
No entanto não estou a escrever para implicar com o serviço do atendimento da função pública, talvez por ter sido bem atendido nas últimas vezes.(tirando a espera).
Estou sim a escrever para partilhar convosco as empresas que nos últimos tempos perderam a minha confiança.
1º: Restaurantes "Sabor Mineiro" na charneca da Caparica: já fui a dois diferentes e o resultado foi o mesmo. Acabei a noite a vomitar e passei a manhã seguinte sentado na sanita, com uma bela intoxicação alimentar, cortesia dos seus buffets e da mais que provável falta de higiéne e falta de boas práticas na confecção e conservação dos alimentos.
2º: Chip 7: loja de computadores, que das três vezes em que lá comprei material, só numa é que não tive problemas. A última situação foi a minha aquisição de um computador portátil e de uma placa 3G da Vodafone(para internet).Garantiram-me que no espaço de 4 dias teria o contrato aceite pela Vodafone e a internet a funcionar. Ora já se passaram mais de 2 semanas, continuo sem internet, já fiz duas visitas à loja em que me garantiram que estava tudo tratado e que os papéis já tinham sido enviados. Promessas de telefonemas que fiquei de receber (até hoje...). Duas horas passadas na assistência técnica (que tem um horário convenientemente diferente do da loja, para que não nos possam resolver as coisas quando precisamos ("ah não isso não é connosco, isso é com a assistência técnica que fechou à uma e só abre na segunda"). Mas para vender está aberto o sábado todo até às 7 da noite.
Na assistência técnica aconselham a reinstalar o Windows, coisa que até pensei em fazer quando cheguei a casa, apesar do computador ter só 2 semanas, mas qual o meu espanto quando vejo que o computador não traz o CD do Windows, mas que este tem de ser gravado por nós a partir do computador. Tentei fazer e deu erro.Telefono para a loja e a resposta invariável é a que escrevi a vermelho em cima. Que pena estar a viver a 250 km de distância da assistência técnica...
3º Vodafone: por também prometerem telefonar depois de se informarem directamente com a loja (ainda continuo à espera). Por à segunda vez continuarem a ser completamente ineficazes na resolução deste tipo de problemas. E por ao receberem faxes com a informação de contracto não se dignarem a responder de volta à loja quando a informação está ilegível...
Para a semana há mais...